quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A besta que surgiu do mar - Parte 1

Para começarmos esse estudo é fundamental que tenhamos em mente o seguinte: várias interpretações foram dadas em relação a esse assunto no passado, mas a grande maioria devemos desconsiderar. Por que? "Por que estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim. Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão." Daniel 11:9,10. E o que quer dizer isso? Que as palavras próféticas somente terão suas interpretações corretas no tempo do fim.
Inicialmente é prudente sabermos que os livros que serão tratados aqui em sua maioria serão: Daniel e Apocalipse.
Várias interpretações de autores famosos em livros e na internet estão muito corretas e procurarei sintetizar os pensamentos destes autores e concluir os assuntos ao final de cada tópico.
Vamos lá?
Apocalipse 13:1 - E eu (João) pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sua cabeça um nome de blasfêmia.
Besta significa geralmente governos gentios, ímpios, sem Deus, ou liderados por falsos deuses. Sistemas de governos puramente humanos, democráticos ou ditatoriais, religiosos (apóstatas) ou ateus. Mas todos sem a direção de Deus.
Vemos isso em Daniel, quando Deus mostra a história do futuro da humanidade a Nabucodonosor. "Uma estátua gigante que tinha a cabeça de ouro puro, o peito e os braços de prata, os ventre e coxas de cobre, as pernas de ferro e seus pés eram parte de barro e parte de ferro." Daniel 2:32,33. E cada uma dessas parte temos uma interpretação que se encaixa com cada um dos animais de Daniel 7. Vejamos:
"a) a cabeça – A cabeça da estátua era de ouro. Esta cabeça representa o Segundo Império Babilônico ou Império Neobabilônico, que foi iniciado, em 612 a.C., por Nabopolassar, pai de Nabucodonosor e que durou até o neto deste último, Belsazar. Este império constitui a cabeça porque lançou as bases e a mentalidade de toda a cultura gentílica que temos até hoje. Com efeito, como bem nos mostra Abraão de Almeida no seu livro “Babilônia ontem e hoje”, Babilônia, a antiga Babel, é a origem de todas as nações que existem sobre a face da Terra e de todo o sistema mundano que pretende construir uma civilização sem Deus e de insubmissão ao Senhor. Por isso, este império é representado pela cabeça, onde ficam os pensamentos e o controle das demais partes do corpo. Este espírito de rebeldia e de desafio ao Senhor, aliás, perdurará até o final de todo este sistema gentílico e encontrará na figura do Anticristo o seu máximo esplendor. Com efeito, além de toda a cultura subseqüente ter sido influenciada por Babilônia, até hoje causam espanto e admiração as belezas deixadas por esta civilização, bem como o avanço e harmonia que havia entre o poder político, o econômico, o militar, o religioso e o científico. Também é de ouro a cabeça, porque o seu soberano principal, Nabucodonosor, ainda que penosamente, reconheceu a soberania divina e se submeteu ao Senhor. Aliás, a grandeza de Babilônia também se manifesta pelo fato de Nabucodonosor ter podido voltar ao governo depois de sua loucura, numa prova de força institucional, que não se viu depois em qualquer outro império mundial, onde as chamadas “intrigas palacianas” e disputas de poder sempre foram acirradas e enfraqueceram as civilizações seguintes. Mas a cabeça não é muito longa, na verdade é uma das partes mais curtas do corpo, daí porque o Império Babilônico ter durado pouco tempo, (612-539)73 anos." site - http://www.bjcv.blog.br/ (ótimo por sinal)."
O Império Babilônico é comparado também ao leão de Daniel 7:4 "O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de um homem." Já vi e ouvi muitas interpretações dizendo que este animal simbólico seria Jesus. Porém, como no versículo 3 de Daniel 7 diz que "E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do Mar", e se considerarmos que mar tem a definição, em profecia, de "gentios", mundo, muita gente, agitações de governos seculares e agitações políticas, conforme Apoc. 17:15 "E disse-me: As águas que viste, onde está assentada a prostituta, são povos, e multidões, e nações e línguas", então podemos considerar que este deva ser um governo mundial. Temos uma referência em Deut. 28:49,50 "O Senhor levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa como águia, nação cuja lingua não entederás; nação que será feroz de rosto, que não atentará para o rosto do velho, nem para se apiedará do moço"; outras em Jer. 4:7;13; Jer. 48:40. Nessas referência fica claro que este animal é uma nação. Além de tudo isso o símbolo da antiga babilônia era um "leão alado"."E foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem" - Muito provavelemtne esta passagem refere-se ao rei Nabucodonosor como forma de representar o reino.
"b) o peito e os braços – O peito e os braços eram de prata. O peito e os braços representam o Império Medo-Persa(539 – 331a.C.), que, realmente, tomou a frente do mundo desenvolvido de então, depois que Babilônia foi invadida e Belsazar destronado, como, aliás,foi anunciado por Daniel (Dn.5:28-30), isto em 539 a.C. Os dois braços indicam que este império era resultado da união de dois povos, os medos e os persas.Babilônia foi invadida e governada, primeiramente, por um medo, Dario (Dn.5:31),que depois foi substituído pelo persa Ciro (Dn.1:21). O Império Medo-Persa passou para a história como tendo sido o primeiro a ter uma preocupação de organizar administrativamente o governo, com a divisão de competências entre os funcionários subalternos e sua fiscalização pela administração superior. Esta organização,que é o verdadeiro coração de uma estrutura governamental, bem esclarece porque o Império Medo-Persa é o peito da estátua. O esplendor deste império foi inferior ao de Babilônia, pois herdou muito da cultura babilônica, mas nele ainda havia certa harmonia do poder político, religioso, científico, militar e econômico.O Império Medo-Persa perdurou até ser conquistado por Alexandre, o Grande, em 331 a.C., uma duração maior que a do Império Babilônico -208 anos (539-331) - pois a área do peito e dos braços é mais longa que a da cabeça."
"E eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se lavantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne." Daniel 7:5. Apesar de a Média ser o parceiro mais antigo, a Persia se tornou o mais forte, o que é demonstrado pelo fato de um lado se erguer acima do outro. Teoricamente as três costelas são as três maiores conquistas da Pérsia, Lidia em 546 AC, Babilônia em 539 AC e Egito em 525 AC. Historicamente o império medo-persa passou como um dos impérios mais sangrentos que ja se teve notícia.

Veremos a continuação dessas considerações na parte 2.

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